O facto de ter trabalhado durante quase seis anos, quer com computadores alheios — nos escritórios em que estive —, quer com o meu computador portátil, teve uma grande vantagem, mas também um sério inconveniente: pude deslocar-me ou mudar de cidade sem muitas complicações, mas havia dias em que, após várias horas a traduzir, acabava com alguma parte do corpo dorida (pulsos, cotovelos, costas…).
Já com residência fixa, muitos dos conselhos que ia lendo em áreas diversas e as experiências de outros colegas com que falava serviram-me para desenhar um ambiente de trabalho agradável e confortável.
Móveis
Gosto de espaço ao meu redor. Graças às dimensões da minha mesa (1,60 m × 1,20 m), posso ter, juntamente com os objectos que se encontram na secretária de qualquer tradutor, o material de consulta e o meu computador portátil, se for preciso, sem que atrapalhem o meu trabalho.
Quanto à cadeira, e depois de avaliar várias opções, optei pelo modelo Markus do Ikea. Permite-me ter as costas e a cabeça apoiadas, ajustar a altura caso seja necessário… Para que as pernas e as costas descansem por completo, tenho também um apoio para os pés.
Informática
Teclado
Utilizo um teclado ergonómico da Logitech (K350), desenhado para colocar as mãos de uma forma mais natural que num teclado convencional. Além do mais, inclui teclas auxiliares para aceder a funções básicas (por exemplo, para aumentar ou reduzir o tamanho da fonte no programa que estou a usar) e uma tecla (Fn), que permite criar mais atalhos e macros. Ainda, inclui um apoio para os pulsos.
Rato
O design do rato que uso (Evoluent VerticalMouse 3T) não difere em nada do dos convencionais; apenas na sua posição, que é vertical. Permite-me manter o antebraço numa postura natural e, apesar da estranheza que possa causar quando se começa a utilizá-lo, as vantagens são logo percebidas.
Ecrã
Muito importante, não só para aqueles que já têm problemas de visão (miopia, no meu caso). Com o meu monitor, de 23″, além de poder trabalhar mais comodamente ao rever e comparar o texto original e a tradução, também posso trabalhar com um tamanho de fonte maior.
Para ajustar a luminosidade do ecrã recomendo uma pequena utilidade gratuita, F.lux, que a altera em função da hora do dia, depois de indicarmos a nossa localização.
E para o futuro…
Um dos meus objectivos é começar a utilizar um programa de reconhecimento de voz.
Manuel Saavedra
Manuel Saavedra se licenció en Traducción por la Universidade de Vigo en 2008, año en que comenzó a trabajar como traductor interno para una de las mayores empresas de traducción de Portugal. Tras esta experiencia y una pasantía en un organismo internacional con sede en Copenhague, desde 2011 ejerce por cuenta propia. Asimismo, ha cursado el máster en Traducción Médica de la Universidad Jaume I.